terça-feira, 22 de abril de 2008

Escrever...

Vou escrever sobre...



Bom dia a todos...

Semana começando com um feriado. Para alguém que ainda goza de suas férias, isso não influencia muito, mas tenho certeza que, para aqueles que estão no batente, um dia a mais de folga é sempre muito bom! Sem contar que na semana que vem já tem um outro feriado, correndo o risco de emendar com a sexta. Bem... coisa de brasileiro!

Começo a semana lamentando profundamente a derrota do meu time. Putz... que droga! Nos últimos minutos, com um gol chorado - embora merecido - do time adversário e com a perda de um penalty... que droga! É de fazer qualquer um ficar com raiva, triste, puto da vida! Mas esporte é assim... ora se ganha, ora se perde. Agora é Fogão até a alma!

Bem... chororô à parte, voltemos ao post de hoje.

Tenho me perguntado se faz mesmo alguma diferença na minha vida escrever meus devaneios neste blog. Sinceramente, não tenho me sentido muito inspirado para escrever. Entretanto, forço-me a escrever no intuito de exercitar minha mente a propagar aquilo que acho correto. Bem... correto sob o meu discernimento, mas sempre procurando observar a opinião alheia. Ou pelo menos aquelas que façam algum sentido. Enfim... o fato é que já não tenho me sentido impelido a escrever, pois já não tenho conseguido fazer uma boa argumentação dos meus pontos-de-vista. Sentir-me dessa forma é como sentir-me meio que num limbo... em suspenso... pois sei que normalmente não sou desse tipo. Dramas à parte, só estou tentando justificar para mim mesmo o por quê de não estar escrevendo regularmente. Sinto-me cobrado todas as vezes que olho para o computador e não consigo pensar em algo legal ou engraçado ou mesmo reflexivo para escrever aqui.

Saudades de uma época - há cerca de uma década - em que as palavras fluíam em minha mente e meio que saltavam para uma folha de papel ou qualquer meio em que pudessem ser escritas. Saudades de uma época em que as coisas aconteciam de um modo intenso, ímpar e cada minuto parecia ser o último. Saudades de um tempo em que as paixões aconteciam a cada minuto, assim como as decepções associadas. As frustrações amorosas sempre são uma ótima fonte de inspiração para qualquer escritor. Não que eu me considere um, mas aquele que nunca se atreveu a escrever um poema ou uns versinhos quaisquer sob a influência de uma bela "dor-de-cotovelo" que atire a primeira pedra.

A adolescência sempre é um ótimo período para o desenvolvimento de qualquer aptidão. Na minha época, alguém me enganou dizendo que eu tinha a habilidade de escrever. Hoje vejo o quão idiota fui em acreditar nisso. Penso que, saber escrever, não se refere somente às regras gramaticais e outras baboseiras técnicas inerentes ao nosso idioma. Saber escrever significa ter a capacidade de expressar aquilo que se quer dizer da maneira que se quer dizer. E ainda convencer o leitor de que você está certo. Isto sim é escrever. É claro que há meios e meios de fazer isso... mas sempre é bom achar aquele meio que pertence somente a você. Alguns chamam de estilo... outros de personalidade... eu chamo de feeling. Há de se ter esse feeling para saber o que escrever, mas principalmente traduzir todo o sentimento das palavras somente com as expressões corretas. Particularmente, confesso que não sou muito bom nisso. Expressar o que sinto, escrevendo, não é das minhas melhores habilidades. Reconheço que sou excessivamente melodramático, principalmente quando se trata de escrever a respeito de amores, paixões, etc, etc, etc. No entanto, quando se trata de analisar coisas, pessoas e situações, confesso que meu senso crítico aflora e realmente consigo expressar o que penso... ou mesmo como me sinto diante do que estou analisando. Enfim... mas isso não significa que tiro as conclusões certas a respeito daquilo que analiso... só quero dizer que analisar algo que existe é muito mais fácil que teorizar sobre o que nunca vivemos.

Escrever, definitivamente não é uma dificuldade. Mas sobre o que escrever sempre arrasa até mesmo os maiores escritores da história. Afinal, estou certo que Ernest Hemingway, Sidney Sheldon e até mesmo os Grandes da nossa literatura, também já passaram por problemas para criar seus best-sellers. No entanto, aqueles que escrevem livros de auto-ajuda, dificilmente passam por esses empecilhos, pois a única obrigação é enxergar um problema, analisá-lo e visualizar uma solução. E convenhamos... apresentar uma solução para o problema dos outros, é a coisa mais fácil do mundo. Há sempre as soluções radicais, as meio-termo e aquelas mais softs, mais lights. E aqueles que sempre procuram aumentar ainda mais o problema ao invés de resolvê-lo. Mas a temática deste post não é a solução dos problemas humanos... mas a escrita.

Bem... para quem afirmou estar passando por uma crise criacionista, muitas coisas foram escritas hoje.

Só quero lembrar-lhes que as palavras são somente palavras quando não fazem sentido a ninguém. A partir do momento em que as pessoas se enxergam numa crônica, poesia, outdoors, versinhos infantis ou mesmo numa bula de remédio, as palavras se transformam na mais pura tradução do que sentimos e pensamos, sobre o mundo e as pessoas. Passamos a compreender a nós mesmos e buscamos a excelência em nossas relações interpessoais. Mas lembrem-se... as palavras proferidas não voltam... cuidado com elas, pois são armas muito poderosas.



Uma excelente terça-feira para todos.

As palavras sempre fazem sentido...

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